Acabei de ler o livro “Comer, Rezar e Amar” da escritora americana Elizabeth Gilbert e adorei! Faz tempo que queria ler, pois o título me atraiu desde o início. Depois virou best seller e até filme com Julia Roberts no papel de Liz. O livro é um relato da vida pessoal da escritora em busca de si mesma, depois de sair de um casamento falido. Ela resolve tirar um ano sabático e inicia a jornada por Roma na intenção de se dar prazer puro. Depois ela vai para a Índia fazer um retiro em um ashram de uma guru que já seguia em suas aulas de yoga em Nova Iorque e lá faz várias descobertas para sua expansão de consciência. E termina a jornada em Bali para ir atrás de um guru que havia conhecido dois anos antes e acaba encontrando um grande amor (por acaso um brasileiro, com que está casada desde então). A história é deliciosa, a escrita flui e em diversos momentos há uma identificação muito forte com sua jornada de autoconhecimento, de busca de entender seus conflitos mais profundo, com a vontade de encontrar a sua verdade e expandir sua consciência.

 

Existem vários trechos e frases interessantíssimas, mas uma me chamou a atenção. É na sua passagem pela Índia (capitulo 58, pág. 185) quando ela tenta explicar o que entende como destino e livre-arbítrio. Estas definições são muito complexas e geram diversos debates sobre o tema. Para mim, que sou astróloga e, portanto, vivo imersa nesta temática, achei a explicação muito simples e esclarecedora. Passo a compartilhar com vocês:

 

“Sinto que o destino também é um relacionamento – uma interação entre a graça divina e o esforço pessoal direcionado. Sobre metade dele você não tem o menos controle; a outra metade está completamente nas suas mãos, e as suas ações terão conseqüências perceptíveis. O homem não é nem uma marionete dos deuses, nem tampouco é senhor do seu próprio destino; ele é um pouco de ambos. Galopamos pela vida como artistas de circo, equilibrados em dois cavalos que correm lada a lado a toda velocidade – com um pé sobre o cavalo chamada “destino”, e o outro sobre o cavalo chamado “livre-arbítrio”. E a pergunta que você precisa fazer todos os dias é: qual dos cavalos é qual? Com qual cavalo devo parar de me preocupar, porque ele não está sob meu controle, e qual deles preciso guiar com esforço concentrado?

Há tanta coisa no meu destino que não posso controlar, mas outras coisas estão sim, sob a minha jurisdição. Existem determinados bilhetes de loteria que posso comprar, aumentando, assim minhas chances de encontrar satisfação. Posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso decidir o que como, o que leio, o que estudo. Posso escolher como vou encarar as circunstancias desafortunadas da minha vida – se as verei como maldições ou oportunidades (…) Posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros. E, acima de tudo, posso escolher meus pensamentos.”

 

Fica aí a minha dica para o mês de janeiro: ótima e gostara leitura de férias.

 

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