Eu e uma amiga falávamos de como a nossa transformação interior pode refletir no nosso ambiente, a começar pelo mais próximo e que por intermédio de nossas profissões devemos, ainda que seja um trabalho de formiguinha, fazer com que as pessoas se conheçam melhor e se curem, pois só assim o mundo também se cura e melhora.
Reflitamos: se hoje o mundo está incerto, inseguro, cheio de violência e mazelas, isso nada mais é do que um reflexo de nós mesmos, ainda que seja difícil encarar as coisas dessa forma, pois somos nós que formamos este mundo. É a universal lei da ação e reação.
Bom, neste mesmo dia da conversa, à noite, assisti um programa de televisão e o entrevistado citou uma frase de Gandhi que fez todo o sentido neste contexto que um pouco antes havíamos conversado: “Seja a transformação do que você quer ver no mundo.”
Este entrevistado é um gestor de talentos (desculpem, mas não anotei seu nome) e confesso que eu nem sabia que existia essa especialização – que, obviamente, achei muito interessante. Ele citou a frase porque dizia que numa estatística do Hospital Albert Einstein, a grande maioria dos presidentes das empresas é ou está depressivo. E a reflexão era: “Como as pessoas podem querer e fazer um mundo melhor se elas estão infelizes consigo mesmas?”
Agora, eu pergunto: “Como o nosso microcosmo irá reproduzir o macrocosmo e vice-versa se ambos estão doentes?”
E nesta reflexão, um dos grandes motivos que geram tristeza e insatisfação pessoal é a questão profissional. Eu sempre tive um pensamento constante e foi este um dos motivos que me levaram a mudar meu rumo profissional: se o trabalho ocupa a maior parte do meu tempo, como posso ser feliz se este trabalho não me satisfaz, só me dá angústia e se as férias são a única tábua de salvação que vejo durante o meu ano todo? Isso é uma tortura!
A proposta feita pelo gestor, e com a qual concordo plenamente, é que ao descobrirmos nossos talentos, talvez essa questão fique mais fácil de ser resolvida. E o que é o nosso talento? Necessariamente não é somente saber tocar piano ou pintar um quadro, o que aparentemente podemos pensar. Pode ser isso também, mas é ir atrás daquilo que podemos realizar com amor e com alma, aquilo de nos dá auto-gratificação. Como diz a astróloga Maria Eugênia de Castro, talento é o amor-paixão somado à devoção.
Então, a proposta seria descobrirmos nossos talentos, certo? E como fazer isso? Porque temos que concordar que uma vez infelizes na profissão, essa infelicidade se expande por outros territórios da nossa vida, como o familiar, o afetivo, o financeiro, etc.?
O caminho é estar disposto a fazer a auto-reflexão, é conhecer-se. Este já é um grande passo! Saber o que você gosta, o que você faz bem, o que os outros falam que você faz bem. É ir atrás da sua alma, da sua criança interior. E como fazer isso? O ideal é sempre procurar uma ajuda especializada porque essa busca nem sempre é fácil. O mapa astral ajuda muito a percebermos isso, pois ele nos serve como um guia, apontando as direções mais condizentes como nossa alma. Também é de muito valor a terapia, a participação em palestras, workshops, os florais, etc.
A minha proposta, como astróloga, é fazer com que possamos descobrir o que pede a nossa alma – em todos os sentidos – e irmos ao encontro dela, porque muitas vezes percebemos que estamos remando contra a maré, não é? E sendo pessoas mais felizes, certamente conseguiremos mudar nossas sintonias e ao invés de vibrarmos insatisfação, desamor, angústia, raiva, vibraremos satisfação, amor, felicidade. E tenham certeza de que o mundo refletirá nosso estado de alma mais elevado, pois como disse antes, nós somos o mundo e ele está em nós.